Um estudo recente desenvolvido pelo Imperial College London, com 128 pais participantes mostrou que um pai presente e participativo ajuda o desenvolvimento do bebé. Com os resultados obtidos, a equipa liderada pelo professor Paul Ramchandani, conseguiu provar que o aumento da interação entre pai e Pulguinhas ajuda a desenvolver e a promover competências que serão úteis ao longo de toda a vida.

Aos participantes foi pedido que brincassem e interagissem com os seus bebés de três meses de idade e depois foram acompanhados durante mais de um ano, sendo realizadas medições ao seu desenvolvimento cognitivo. As sessões de brincadeira e leitura com Pulguinhas até dois anos de idade foram gravadas para análise dos vídeos.

Com recurso a uma escala de desenvolvimento mental (Sandard mental development index – MDI) a equipa avaliou a capacidade dos bebés de conseguir levar a bom termo tarefas como o reconhecimento de formas e de cores. Na comparação dos resultados obtidos foi possível estabelecer que a presença ativa do pai ajuda a melhorar os resultados do bebé.

Para o professor Paul Ramchandani a mensagem para os pais é simples: “A mensagem para os novos pais é claramente para que se deixem prender em casa e que brinquem com os seus bebés. Mesmo quando eles são mesmo muito pequenos, brincar e interagir com eles pode ter um efeito positivo. ”, defende.

A ausência do pai na infância pode gerar a sensação de perda e de frustração, sobretudo à medida que a Pulguinha cresce mas não são raras as super-mães que superam todas as dificuldades para assumirem simultaneamente os dois papéis. Há ainda a hipótese de que a figura paterna possa ser substituída capazmente por um familiar próximo como o avô, ou um bom amigo.

Esta figura positiva pode ajudar a garantir que a Pulguinha que, por qualquer motivo, não pode contar com a presença constante e tranquilizadora do pai, possa ainda assim receber todos os benefícios de uma relação semelhante. Será este o estimulo que permite que ela se sinta querida, acompanhada e segura para depois conseguir um bom desenvolvimento emocional e social e um nível mais avançado de resultados académicos, como sugerem este e outros estudos.

Ainda de sublinhar que os estudos foram realizados comparando a presença de um pai carinhoso, interessado e companheiro contra a ausência desta mesma figura. O que não significa que seja sempre melhor ter a figura paterna independentemente do que ela representa e da forma como se comporta, como apontaram alguns dos comentários críticos feitos a este estudo.