Como explicar os Direitos das Crianças e os Privilégios às Pulguinhas?
A Declaração Universal dos Direitos da Criança celebra-se a 20 de Novembro e nesta data, desde 1959, praticamente todos os países do mundo lembram a importância de proteger e garantir que todas as crianças crescem com condições de segurança, saúde e dignidade.
Para as nossas Pulguinhas estes direitos são incontestáveis e felizmente nunca conheceram, nem conhecerão, realidades em que sejam postos em causa.
Infelizmente, nem todas as crianças do mundo têm igual sorte e é por isso que esta data se revela tão importante. Não apenas para nos guiar no sentido de apoiar as organizações que promovem os direitos das crianças, mas também como uma forma de esclarecer e orientar as nossas Pulguinhas.
Aproveitamos a data para falar com elas, para que conheçam os seus próprios direitos e para que compreendam que há no mundo muitas realidades diferentes e perceberem a diferença entre privilégio e direito.
De acordo com a UNICEF os direitos das crianças podem ser subdivididos em quatro pilares fundamentais.
#1 Não Discriminação
O principio sob o qual todas as crianças devem ser tratadas com igual consideração, cuidado e proteção independentemente da sua nacionalidade, cor, religião, origem social ou género
#2 Superior Interesse da Criança
Em todas as decisões que tenham impacto na vida da criança os seus interesses são de consideração prioritária
#3 Sobrevivência e Desenvolvimento
Todas as crianças têm direito a saúde, alimentação, cuidados, habitação, educação e oportunidades para que se possam desenvolver plenamente.
#4 Opinião da Criança
Em todas as decisões que tenham impacto na vida da criança ela deve ser ouvida e tida em conta como principal factor de decisão.
Explicar à Pulguinha que a sua opinião importa e garantir-lhe que os seus direitos são tidos em conta pode ser uma boa forma de a tranquilizar, ao mesmo tempo que reforça a sua noção de autoimportância. Explicar que há muitas crianças que precisam de ajuda a fazer valer os seus direitos estimula a sua capacidade de ter uma maior consciência do mundo e de ter mais empatia, tendo sempre em atenção o equilíbrio entre a idade da Pulguinha e a forma como abordamos os temas para evitar criar medos desnecessários.
Se os Direitos das Crianças deviam ser uma realidade vivida por todos, os privilégios, que tantas vezes ditam os sucessos e frustrações, devem ser igualmente reconhecidos por todos.
Como explicar às nossas Pulguinhas que ‘partem com vantagem’ para que desenvolvam a capacidade de empatia e de consideração pelo outro?
Este vídeo mostra um ‘jogo’ realizado num liceu nos Estados Unidos da América e que pode ser facilmente replicado por cá, num grupo escolar ou de amigos. Neste exemplo, o vencedor da corrida ganha uma nota de cem dólares. Antes de se dar início à partida o treinador/ professor coloca as questões e, em caso afirmativo, o aluno deve dar dois passos em frente.
Assim partimos de uma linha de meta que é, aparentemente igual para todos, e depois estabelecemos que a ‘partida’ oficial começa para cada um, de acordo com as vantagens que, mesmo de forma inconsciente, têm impacto na vida das crianças e adolescentes.
Entre as perguntas que demonstram as ‘vantagens escondidas’ estão questões como a estabilidade do lar, a presença do pai (sobre a importância da qual já falámos aqui), o acesso a ensino e a explicadores, o não ter preocupações financeiras, entre outros.
Pode ver o vídeo aqui:
https://www.facebook.com/WokeFolks/videos/1014990085308007/
Ajude a sua Pulguinha a ajudar e envolva-a em actividades que promovam o altruísmo desde pequenino, como recolha de roupas e brinquedos para oferecer, participar em ações do Banco Alimentar entre outros. Afinal, é de “pequenino que se torce o pepino” e só juntos podemos tentar ter um mundo melhor.
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