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Dar colo pode criar bebés mais inteligentes?

Dar colo pode criar bebés mais inteligentes?

 

A ForBabies é uma clínica de psicologia pediátrica, que desenvolve um conjunto de psicoterapias preventivas que ajudam a potenciar o desenvolvimento cerebral dos bebés que os visitam.

 

Mas desengane-se se pensa que isto é só para Pulguinhas com problemas. O cérebro de todos os bebés nasce imaturo, e totalmente dependente da estimulação e interações que recebe dos adultos que estão à sua volta.

 

Porque é que é tão importante falar sobre o desenvolvimento cerebral dos bebés?

 

Se pensarmos bem naquilo que nos distingue tanto das outras espécies, rapidamente chegamos à conclusão que a nossa principal ferramenta de sobrevivência reside na nossa inteligência, isto é, na inúmera quantidade de neurónios (células do cérebro) e ligações entre eles.

 

Essa quantidade de células nervosas implica um cérebro de considerável dimensão que, naturalmente, necessita de um grande crânio para o conter. Somos cabeçudos, pronto! Ora, para poder dar à luz uma criança com um cérebro grande, as mulheres deveriam ter umas ancas também elas enormes! O que nos dificultaria a vida a todas.

 

A solução passou então, pelo facto de os bebés terem de nascer enquanto as suas cabeças ainda são pequenas, para todos podermos sobreviver o que resultou no compromisso de o cérebro se desenvolver em grande medida após o nascimento.

Este seu pequenino cérebro vêm com mais de 100 mil milhões de neurónios, o equivalente ao número de grãos de areia de todas as praias do mundo. E estes neurónios comunicam entre si ao ritmo alucinante de 1 milhão de novas sinapses por segundo (bem mais rápido que o 4G), algo que nunca mais se vai repetir na vida.

 

Contudo, estas estruturas vêm ainda muito desorganizadas. Desde este período até aos três primeiros anos de vida, o cérebro passa pelo seu maior e mais rápido desenvolvimento, sendo totalmente dependente dos seus cuidadores para a definição da sua arquitetura. Tudo aquilo que fazemos, ou deixamos de fazer aos nossos filhos, tem um impacto brutal na pessoa que ele se irá tornar.

 

 Como é que os pais podem construir o cérebro do seu pulguinha?

 

O cérebro do bebé precisa de dois componentes essenciais para se construir: estimulação sensorial e a relação com o outro.

 

A estimulação sensorial é importante pois é através dos sentidos que o bebé explora o mundo que o rodeia, e aprende coisas sobre o mesmo. Como um computador altamente sofisticado, o cérebro de um bebé vem pré-programado para registar, tirar notas, acerca de tudo o que se passa à sua volta criando assim a sua compreensão do mundo e ajustando-se a ele, e aqui muito diferente de um computador vulgar, este é capaz de construir o seu próprio hardware, pois vai maturando em função das respostas que tem que dar ao seu ambiente. Depois desta produção caótica começam então a estabelecer-se padrões neuronais. Padrões estes, que conduzem à criação de modelos internos de funcionamento para toda a vida! Sabemos também que o cérebro se desenvolve da base para o topo, e por isso as competências de maior complexidade são dependentes do quão fortificadas estão as competências do patamar “abaixo”. E as competências que estão na base do cérebro são exatamente as sensoriais. Através da estimulação sensorial (de todos os sentidos) ajudamos a que essas conexões sensoriais se tornem mais fortes As conexões usadas regularmente tornam-se, mais fortes e mais complexas, mas as que não são utilizadas, são eliminadas através de um processo chamado de poda neural.

 

A relação com o outro, sobretudo com os pais, é extremamente importante, uma vez que o cérebro do bebé precisa de interações responsivas para que as conexões entre os seus neurónios de fortifiquem. Ou seja, os pais são literalmente os arquitetos dos cérebros dos seus bebés, começando como na construção de uma casa neste primeiro ano a construir as fundações da mesma, fundações fortes e seguras ficam para toda a vida ao contrário das frágeis que vão precisar de reparações em vários momentos da vida.

 

O cérebro de um bebé não se constrói sozinho! É o amor que ajuda o cérebro a atingir o seu potencial de desenvolvimento.

 

Que aspetos do ato de dar colo desempenham os papéis mais vantajosos?

 

Dar colo ao bebé é 100% benefício. Essa ideia de que os bebés se “estragam” com o colo não faz sentido nenhum, até porque os bebés não têm prazo de validade. E não sou eu que o digo, é a ciência. Estudos realizados ao longo de vários anos comprovam que bebés que tem falta de toque intencional (ou seja, todo o toque que não é “obrigatório”, como é mudar as fraldas e o dar de mamar, por exemplo) desenvolvem uma alteração de uma estrutura cerebral- a amígdala. E o que é que isto quer dizer? Que se tornam adultos passiveis a terem comportamentos desviantes e violentos. Quando comparamos mapeamentos cerebrais entre bebés que tiveram exatamente o mesmo acesso a alimentação, higiene, etc. só tendo como diferença a falta, ou não, de afeto nos primeiros anos, a diferença torna-se muito clara.

 

Ao darmos colo ao bebé, e a respondermos ao seu choro de forma imediata, estamos a mostrar-lhe que é amado e que veio parar a um mundo onde pode confiar nas pessoas que o rodeiam, porque o vão ajudar nas dificuldades. Ao deixarmos o bebé chorar, estamos a aumentar os seus níveis de cortisol (a hormona do stress), que tem um efeito cáustico, ou seja, destrói as redes neuronais, não só naquele momento, mas durante os 4 a 5 dias subsequentes.

 

Precisamos de mais alguma coisa para entender o quão é biologicamente e psicologicamente tão importante o bebé ter colo?

 

 

 

 

 

 

O colo aproxima a Pulguinha das conversas dos pais, um com o outro ou com terceiros. Qual é a importância de falarmos para o bebé?

 

Falar para o bebé é extremamente importante para o seu futuro, especialmente porque o número de palavras que o bebé ouve durante o primeiro ano está diretamente relacionado com o boom da linguagem, que costuma ocorrer em torno dos 2 anos, e com o sucesso académico da criança até aos 19 anos de idade. E é aqui que as diferenças começam. Estudos indicam que bebés em meios mais desfavorecidos ouvem cerca de 600 palavras por hora, enquanto bebés de classes médias ouvem mais de 2000 palavras durante o mesmo período! O que significa que muitas das crianças de meios desfavorecidos iniciam aos 3 anos o Ensino pré-escolar com uma diferença de cerca de 30 milhões de palavras. Ou seja, nos momentos que iniciam o seu percurso de ensino, já estão em desvantagem!

E não vale só deixar o bebé ouvir as conversas de outras pessoas, como os pais. Caso fosse assim tão simples, colocar o bebé perto da televisão funcionava. Mas recorde-se que o bebé precisa de interações responsivas. Ou seja, precisa que olhem para ele, e que conversem diretamente com ele, que lhe leiam uma história, que imitem os sons que faz … Só assim estamos a construir o cérebro e a ensinar ao bebé coisas como, como funciona a reciprocidade da linguagem, etc.

 

 

O que devem fazer os pais para garantir que estão a criar futuras crianças e adultos felizes, equilibrados e inteligentes?

 

Construir o cérebro do bebé é algo extremamente importante, mas por outro lado bastante simples e intuitivo. E não passa pelo recurso a brinquedos muito sofisticados, nem por técnicas muito complexas ou que causem stress aos pais e ao bebé. Na verdade, os pais não precisam de se preocupar, pois eles já têm nas suas mãos tudo o que é essencial para construir o cérebro do seu bebé.

Acima de tudo, os bebés precisam de colo, de estar junto a nós, de se sentirem seguros e amados. Depois precisam de ouvir muitas palavras, que se fale com eles, seja através de conversas, de ler livros, de ir explicando ao bebé o que está a fazer durante o dia, etc. Sem esquecer a importância do brincar, com brincadeiras diferentes e que estimulam o desenvolvimento de novas competências, mas também que sejam agradáveis e divertidas para ambos. Tudo isto olhando para ele, fortificando as suas conexões neuronais, e interagindo de forma responsiva.

Quanto mais dependentes e próximos de nós eles forem nos primeiros anos, mais independentes e seguros serão na idade adulta. Tudo que o que fazemos, ou deixamos de fazer, nesta fase tem um impacto brutal na pessoa em que o bebé se irá tornar, e dura a vida toda.

 

Estes primeiros anos são difíceis, e por vezes cheios de receios e dúvidas, mas são fundamentais. Lembre-se sempre: os dias são longos, mas os anos serão demasiado curtos.

 

E a ForBabies está aqui para ajudar.

 

 

 

www.forbabiesbrain.com

 

contactos: 220 120 770 (Porto) e 219 363 707  (Lisboa)

 

email: geral@forbabiesbrain.com

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