A Osteopatia também é para bebés? Descubra a Osteopatia Pediátrica
A osteopatia é considerada uma terapia não convencional, já reconhecida legalmente como tal. Quando se fala em osteopatia, no adulto, associa-se imediatamente ao tratamento osteoarticular e à manipulação. No entanto a osteopatia é muito mais abrangente do que esta definição, principalmente quando se fala em pediatria.
Falámos com a Fisioterapeuta Joana Pais, da Rede Amamenta, para descobrir de que forma é que a osteopatia pode ajudar os bebés.

O que é a osteopatia pediátrica?
A osteopatia pediátrica consiste na avaliação e tratamento de todas as estruturas ósseas, articulares e miofasciais e a sua biomecânica, dando especial atenção à zona do crânio.
Porque é na base do crânio, mais propriamente no occipital, que sai o nervo vago, responsável pela inervação de muitos órgãos e vísceras, situados na região do tronco e abdómen.
Em que casos é que pode ser uma vantagem?
Existem, sem dúvidas, casos que a osteopatia pode ser uma grande ajuda, como nas plagiocefalias (deformações cranianas), nas cólicas, no refluxo, no torcicolo muscular congénito, nos problemas respiratórios, nas otites e nos transtornos do sono e no adormecer.
No entanto, todos os bebés deviam poder ter a possibilidade de serem vistos pela osteopatia, uma vez que nas últimas semanas de gestação podem adotar posturas que podem modificar a forma do crânio.
Além da posição in utero, o próprio parto por si poderá originar tensões e modificações da forma do crânio, devido às contracções uterinas, à compressão do crânio entre os ossos pélvicos, à passagem no canal vaginal e à utilização de instrumentos (forceps e ventosas).

Há casos em que esta terapia não seja recomendada?
A osteopatia não tem qualquer contra-indicação.

A utilização do Sling Wrap e a prática do babywearing, pode ser benéfica, numa perspectiva ajudar algumas das patologias anteriormente referidas?
Claro que sim.... a utilização de alguns artigos de babywearing poderá ajudar em questões como o refluxo (porque permite que o bebé ande verticalizado), das cólicas e obstipação (porque a elevação dos joelhos e o movimentos ajudam e facilitam o trânsito intestinal) e das deformações cranianas (uma vez que o bebé não tem a base do crânio apoiada).
Não nos podemos esquecer que o babywearing é muito mais que o “transporte” do bebé.... existem factores psicológicos e emocionais que estão associados a este transporte/carrego, como o contacto físico, o embalo (o movimento a que o bebé estava habituado no útero) e a proximidade com o carregador, principalmente se estivermos a falar de bebés que se encontrem no período de exterogestação.

Saiba Mais
Joana Pais – Fisioterapeuta da Rede Amamenta
http://lisboa.amamenta.net/joana-pais/
http://lisboa.amamenta.net/osteopatia-pediatrica/
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