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Quando está na hora de largar as fraldas?

Quando está na hora de largar as fraldas?



Quando Está Na Hora De Largar As Fraldas?

Deixar as fraldas é uma das etapas do desenvolvimento dos bebés e é um marco pelo qual muitos pais esperam com ansiedade. Quando larga as fraldas e controla as suas idas à casa de banho, não só fica mais autónomo, como também representa menos uma despesa recorrente. 

Mas esta é uma etapa que não se consegue apressar. O desfralde acontece quando há desenvolvimento motor, mas também quando há desenvolvimento mental. Não é, por isso, algo que se possa ensinar. Mas quando estão reunidas as condições para que a Pulguinha aprenda a controlar o esfíncteres e a ir à casa de banho, então os pais já têm um papel a desempenhar. 




Como saber se o bebé está capaz de deixar as fraldas

Os especialistas consideram que as crianças podem estar prontas para o desfralde durante o dia a partir de um ano e meio de idade, mas muitas só estarão prontas depois dos três anos. Há crianças que apenas largam as fraldas completamente perto dos quatro anos. É importante sublinhar que a idade é apenas um dos fatores, mas que há outras formas para avaliar a prontidão para o desfralde.

1 - Dar um salto em frente a pés juntos. 

Se o bebé conseguir, a pedido, dar um salto em frente com os dois pés juntos esse é um bom sinal indireto de que tem controlo dos músculos e dos membros inferiores e que já desenvolveu a sua capacidade de equilíbrio. Isto pode ser um indicador de que o controlo dos esfíncteres é uma aquisição que já foi conseguida ou que está próxima. 

Saltar a pés juntos em frente é um destes “truques” para a avaliar a prontidão para o desfralde. Mas, à semelhança do critério da idade, não vale por si só. De qualquer forma, se o bebé conseguir dar o pulo, esse vai ser um bom indicador. Mas pode ser preciso considerar a prontidão também através de outros parâmetros.

2 - Mostra desconforto com a fralda suja 

Um bom sinal de que o desfralde pode começar é quando a Pulguinha demonstra desconforto com a fralda suja. Este é um momento propício para mostrar que existe uma opção muito mais confortável, como ir ao bacio ou à sanita, antes de sujar a fralda.

3 - A capacidade de Imitação 

A imitação é uma grande aliada no ensino-aprendizagem de uma forma geral no universo infantil, e ela também traz benefícios no processo de desfralde. Conseguir perceber o que fazem os manos mais crescidos ou os pais quando precisam e fazer xixi e começar a copiar, é uma excelente forma de aprender. 

4 - Quando consegue dar a entender que sabe que vai fazer

Quando damos pela Pulguinha a parar e assinalar que se prepara para sujar a fralda é a altura certa para pegar nela e a levar até ao bacio ou sanita. Assim vai começar a associar o que já sente com a ação correta a tomar. 

5 - Ja sabe nomear o xixi e o cocó

Quando a Pulguinha já consegue explicar o nome, perceber o que é e quando vai aparecer é um excelente sinal. As historias infantis que trabalham sobre estes temas da ida à sanita e dos cocós são excelentes para os conquistar pela brincadeira até terem esta nova competência. 

E à noite? Como podemos ajudar a que não haja acidentes de molhar a cama? 

Os xixis noturnos são mais difíceis de gerir. A Pulguinha está adormecida e não tem ainda o “alarme” para despertar quando tem vontade. Uma dar formas como os pais podem ajudar é percebendo que, se for uma situação recorrente, podem ir buscar a criança à sua cama e levá-la à casa de banho. Basta ter noção da hora do primeiro xixi da noite e, mesmo sem realmente a acordar, ajudar a ir fazer. Para algumas Pulguinhas esta hora pode ser perto da meia-noite, para outras pelas duas da manhã. Se souberem perceber quando é a altura certa, podem criar este hábito gradualmente. 

Lembrem-se que varia não só de Pulguinha para Pulguinha, mas também consoante os hábitos. Sabendo que, por exemplo, sumos ao jantar vão criar maior vontade de fazer xixi do que beber água e que bebés que ainda bebem um biberão de leite vão ter potencialmente mais necessidade de ir à casa de banho. 







Para ajudar a saber o que podem fazer os pais para ajudar os seus bebés com o desfralde, falámos com Carmen Garcia, Enfermeira, autora de “A Mãe Imperfeita” e mãe de 2 Pulgas, sobre o seu processo de ajudar a largar as fraldas. Nesta conversa ficámos a saber mais sobre esta etapa da vida dos bebés, sobre o que podemos fazer para ajudar e sobre o que não devemos de todo fazer.



O desfralde é um marco importante no desenvolvimento do bebé, não é?



Eu acho que sim e por mais do que uma razão… Em primeiro lugar porque mesmo eles parecem sentir que o chichi no bacio os torna “meninos crescidos”, marca quase o final da fase de bebé. E depois porque a pressão externa é incrível. Irritante e incrível. Posso dizer que se ganhasse um euro por cada vez que ouvi um “três anos e ainda de fraldas?” estávamos a ter esta conversa nas Maldivas. Outra coisa também muito importante, apesar de não estar relacionada com o desenvolvimento, é que o desfralde permite alguma folga orçamental porque, queiramos ou não, as fraldas são caras. Eu tenho o Pedro a desfraldar mas ainda tenho o João com fraldas e noto bastante no final do mês quando faço “contas à vida”.



Como está a ser a experiência de largar as fraldas aí por casa?



Muito melhor agora. Já tínhamos feito uma tentativa o Verão passado, mas o Pedro não estava preparado. Depois do primeiro descuido começou a fazer retenção urinária e se o deixássemos dez horas de cuecas eram dez horas que ele estava sem fazer chichi. Desistimos ao fim de uns três dias. Este ano voltámos a tentar e correu bastante melhor, especialmente depois de ele regressar à creche. A educadora e a auxiliar da sala têm sido fundamentais neste processo. Posso dizer que o chichi está resolvido de dia e de noite e estamos agora na fase dois: o cocó. Veremos como corre…




Há muita pressão para que os bebés deixem as fraldas de forma “igual”, não há?



A ciência diz-nos hoje que, apesar de vivermos no século XXI, as expectativas dos pais em relação ao desfralde continuam a ser pouco realistas: segundo um estudo Americano, 70% das mães acredita que perto dos 18 meses as crianças estão preparadas para deixar as fraldas. Acontece que, se isto é verdade para uma minoria, é mentira para a esmagadora maioria. E sabem o que é que expectativas irreais provocam? Frustração, castigos e excesso de estimulação que, muitas vezes, descambam em situações de incontinência urinária, enurese, infecções urinárias recorrentes e obstipação que pode, em alguns casos, evoluir para quadros graves.



Contar com uma idade para forçar este processo de largar a fralda faz sentido?


Este mesmo estudo, indica que 53% dos pais iniciou o desfralde tendo em conta apenas a idade cronológica das crianças e isto é absolutamente errado. Não havendo receitas ideais na maternidade, parece mais ou menos consensual aguardar-se que a própria criança demonstre interesse para começar o treino “do bacio”. Esperar que as crianças tenham habilidade psicossocial para começar é meio caminho andado para o sucesso.  O desfralde é um processo importante, como já falámos, mas não existe uma idade obrigatória. A ciência diz-nos ser suposto que, salvo patologia que o impeça, as crianças atinjam controlo total de esfíncteres até cerca dos 4.5 anos. Então podemos ir com calma, certo?



Então o que podem fazer os pais para ajudar os seus bebés a largar as fraldas?

A nós, pais, cabe-nos ser flexíveis e tentar minimizar a ansiedade dos nossos filhos. Isso e não nos esquecermos que eles aprendem essencialmente por imitação. Há um outro estudo, de 2004, refere que, aos 24 meses, apenas 24.1% das crianças conseguem um controlo diário que lhes permite não necessitar de fralda. Então, sabem o que vos digo? Não se deixem pressionar nem pressionem os vossos filhos. Mostrem-lhes a sanita e o bacio, expliquem, mas deixem que sejam eles a comandar o processo de desfralde e que o façam ao ritmo deles. Os castigos e “ofensas” nos descuidos (ex. “és uma bebé”) estão desaconselhados. Ah, da mesma forma há alturas da vida das crianças como, por exemplo, a chegada de um irmão, que não são ideais para este tipo de mudança.

Para mais conselhos que sirvam ao caso específico do vosso bebé não há ninguém melhor do que a pediatra que vos acompanha e conhece. 

Carmen, trinta e sete anos, enfermeira numa Unidade de Cuidados Intensivos e mãe de dois rapazes com vinte meses de diferença, ambos com nomes profundamente originais: Pedro e João. O Pedro, com três anos (à data desta entrevista), tem ainda a particularidade de ser surdo profundo com implante coclear desde Março de 2019.
Acontece que, um dia, depois de olhar para o espelho e perceber que o cabelo já não sabia o que era um corte e que o buço precisava de se reencontrar com a cera, inspirou profundamente o cheiro a leite azedo da própria camisola e decidiu dar uma espécie de grito do Ipiranga das mães: criou uma página de Facebook onde assumiu publicamente a sua imperfeição e, potenciada pela privação de sono, foi escrevendo sobre a maternidade real.
E é isso que tem feito ao longo dos dois últimos anos nas redes sociais: mostrar que as mães reais não são, nem têm que ser, perfeitas. Tal como os próprios filhos. Porque, ainda que nos tentem enfiar a perfeição pelos olhos adentro, a maternidade não é monocromática, não tem sempre que fazer pendant e as mães, apesar de donas de uma força inigualável, vivem quase sempre no limite do cansaço e à beira de um ataque de nervos.

Instagram: @mae.imperfeita._



Um bom artigo sobre este tema:
MOTA, Denise M.  and  BARROS, Aluisio J. D.. Toilet training: methods, parental expectations and associated dysfunctions. J. Pediatr. (Rio J.) [online]. 2008, vol.84, n.1 [cited 2019-12-05], pp.9-17. Available from: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572008000100004&lng=en&nrm=iso>. ISSN 0021-7557.  http://dx.doi.org/10.2223/JPED.1751.

Outros artigos úteis:
Polaha J, Warzak WJ, Dittmer-Mcmahon K. Toilet training in primary care: current practice and recommendations from behavioral pediatrics. J Dev Behav Pediatr. 2002;23:424-9.
Schmitt BD. Toilet training: Getting it right the first time. Contemp Pediatr. 2004;21:105-22.
Blum NJ, Taubman B, Nemeth N. Why is toilet training occurring at older ages? A study of factors associated with later training. J Pediatr. 2004;145:107-11.       
Fleisher DR. Understanding toilet training difficulties. Pediatrics. 2004;113:1809-10
Caldwell P, Edgar D, Hodson E, Craig J. Bedwetting and toileting problems in children. MJA Practice Essentials-Paediatrics. 2005;182:190-5.
Shaikh N. Time to get on the potty: Are constipation and stool toileting refusal causing delayed toilet training? J Pediatr. 2004;145:12-3.


2Comentários

    • Avatar
      Catharina
      Aug 22, 2020

      <a href="https://jamiekru.postach.io/">Artigos<a/> cheios de benefícios, estou marcando isso ...

      • Avatar
        Pulguinhas
        Aug 23, 2020

        Obrigada, Catharina! Se desejar esclarecer qualquer questão basta dizer.

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