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O uso do Sling, e a prática de babywearing, é um modo de auxiliar o cuidador do bebé durante os primeiros anos de vida. Permite realizar tarefas, ajuda nos momentos de trabalho, compras, gestão da casa, etc. Mas, se é evidente que o Sling é um artigo prático e útil, também não é menos verdade que é uma forma de cuidar que traz mais tranquilidade e alegria aos dias.
Com o babywearing a diversão e os bons momentos de criar um bebé são também uma parte fundamental, que tem o destaque que merece. Estivemos à conversa com Rafaela Peixoto, mãe de três meninos e exemplo de vida que mostra que o prazer de estar com os nossos bebés pode ser vivido em vários momentos e que o podemos fazer através da dança.
O seu projecto, @slings_dance, incentiva mães e pais a deixarem-se abraçar por esta ideia de embalo e passar mais tempo juntos, numa atividade divertida e que ajuda a criar ainda maiores cumplicidades na família.
A grande vantagem de dar colo de Sling e praticar o Babywearing é que a mamã terá os seus braços livres para realizar outras tarefas, mas ao mesmo tempo carrega consigo o seu bebé. Consequentemente, o bebé também agradece o colinho de Sling pois, para além de estar no seu lugar preferido, junto da sua pessoa predileta, ele vai sentir um aconchego, um carinho e uma segurança que não tem igual em mais nenhum outro transportador de bebé.
A boa pratica de Babywearing, também auxiliará na diminuição do choro, na diminuição das cólicas, na diminuição da regurgitação (ou seja, o bolsar do bebé) devido a sua posição mais vertical, na possibilidade de adormecer e acalmar o bebé, haverá menos problemas no desenvolvimento da coluna, menos probabilidade de displasia da anca e menos probabilidade de plagiocefalia (que é a má formação do crânio), que acontece muito quando os bebés passam a maioria do tempo com a cabeça encostada no ovinho, no carrinho ou até mesmo na caminha, não permitindo o natural crescimento do crânio.
O Sling Dance tem como principal objetivo estimular a maternidade feliz, em que a mamã e o bebé criam um vinculo positivo, divertem-se juntos, aprendem a ouvir uma música e a mover-se no ritmo, aprendem a destravar e a trabalhar o corpo através de movimentos naturais. E melhor ainda, as mamãs gastam umas boas calorias!
Porque simplesmente a grande maioria das mamãs, depois de terem os seus bebés, sentem que não conseguem desprender-se deles para nada e então cuidar delas próprias torna-se uma prioridade secundária.
E é aí que entra o Sling Dance, para desmistificar essa relação da mamã consigo própria, como mulher, e ajudá-la a entender que, apesar de agora se ter tornado mamã, pode sim e DEVE cuidar de si, acima de tudo, e que essa tarefa deveria sim ser a principal prioridade da mãe.
E, ao mesmo tempo, uma grande maioria das mulheres tem tendência a procurar recuperar a mulher que era antes da gravidez, física e psicologicamente, e isso passa muitas vezes pelo exercício físico. O exercício é uma forma de nos voltarmos a sentir bem connosco mesmas e com o nosso corpo. Por isso, procuramos fazer exercício físico, mas que seja o mais prazeroso possível.
Então o Sling Dance traz uma nova proposta para a maternidade, onde a mamã pode cuidar de si, pode exercitar-se, pode voltar a virar os olhos para ela própria no sentido de sentir que tem tempo para si mesma e, o melhor de tudo, é que estará sempre junto do seu bebé. Não precisará de deixá-lo com o pai, com a avó, com a tia, com a babá, ou até mesmo nalgum ‘kids place’ com pessoas que lhe são totalmente desconhecidas.
Primeiramente é importante que não haja contra-indicação médica (obstetra e pediatra).
E ter atenção ao tempo após o parto que, por norma, se a mamã teve parto normal pode iniciar o Sling Dance após 3 semanas, mas se teve um parto por cesariana terá de aguardar no mínimo 6 semanas.
O Sling Dance surgiu, na prática, em 2017 em Lisboa com o meu primeiro filho, mas existe na minha mente desde 2016, enquanto estava grávida e a morar na China, onde eu via a maioria das mães a carregar os seus bebés nos Slings (desde os panos, mai-tais, sling de argolas e mochilas ergonómicas) e a realizar todas as tarefas diárias e até mesmo a exercitarem-se com eles no colo, e os bebés simplesmente dormiam.
Essas imagens da China, despertaram em mim imensa curiosidade e como dançar sempre foi a minha paixão, fui pesquisando sobre as diversas temáticas da maternidade, do Babywearing e como poderia relacionar a dança no pós-parto com o bebé.
Então, assim que o meu filho nasceu, tudo começou. Primeiro como uma brincadeira, no curso de pós-parto, onde eu expus as colegas ( também mamãs ) a esta minha ideia e estudos e elas desafiaram-me a realizar uma aula de dança.
Como adoro desafios na vida, pus-me logo a mexer para preparar uma super aula, com as músicas adequadas e com as coreografias mais simples para que as mamãs aproveitassem o momento de descontração, auto-estima, animação e não propriamente para que aprendessem a dançar. ATENÇÃO: Sling Dance não tinha, nem tem, como objetivo ensinar as mulheres a dançar.
Mas sim emponderar as mulheres, realçar-lhes os seu potenciais, relembrar-lhes que são mulheres capazes do que quiserem e, acima de tudo, prevenir a depressão pós-parto, precisamente pela possibilidade de socializarem com outras mamãs e pelo efeito directo do exercício físico.
O Sling Dance também se torna um forte aliado para as mamãs grávidas, promovendo uma boa adaptação da mãe às mudanças que a gestação provoca. Dançar ajuda na libertação de hormonas que geram bem-estar e fortalece o vínculo com o bebé. Além disso, ajuda na postura corporal, oxigenação e também na circulação sanguínea, três pontos que são altamente recomendados durante a gravidez. E, como a cereja no topo do bolo, o Sling Dance serve de auxílio para aquelas mães que almejam o parto normal.
No Sling Dance, a única associação que fazemos sobre a música no desenvolvimento do bebé é que o mesmo aprenderá sons e ritmos diferentes, vai conectá-los ao batimento cardíaco da própria mãe (que é onde ele está encostado) e vai aprender a acalmar-se e a relaxar por esse meio.
Engraçado que ainda hoje o meu filho mais velho, que me acompanhou desde que tinha um mês de vida até, mais ou menos, aos 10 meses nas aulas de Sling Dance, quando escuta a música - que digamos que é a musica principal do Sling Dance - “sugar coconut”, ele olha para mim com uns olhinhos radiantes e fica extremamente nostálgico por associar a música a um momento de prazer, de carinho, de conforto e de segurança que ele tinha no meu colo.
Todas as mamãs, desde a gravidez (depois dos 3 meses) e mamãs com os seus bebés desde 1 mês de vida até terem mais ou menos 2 a 2 anos e meio. Depende de cada mãe, da força que tem para continuar a carregá-lo.
Mais uma vez, repito, desde que não haja contra-indicações médicas.
Eu sou mãe de três meninos, e tive a experiência de vivenciar 2 gestações totalmente diferentes. A do meu primeiro filho e a dos meus 2 mais novos, que foi gemelar. Ambas as gestações foram saudáveis, sem quaisquer riscos, nem necessidade de prevenções, e partos normais. Posso dizer que dancei desde os 3 meses até a hora de entrar na sala de parto.
As mamãs e papás podem saber mais sobre o Sling Dance na própria página web:
WWW.SLINGDANCE.PT
E também na página no instagram: @SLING_DANCE
Todas as novidades são colocadas em ambas as páginas, e fiquem atentas que muito em breve iniciaremos cursos online de Sling Dance para as mamãs poderem praticar a atividade em casa ou onde estiverem, à hora que pretenderem.
E também abriremos um curso muito especial para quem se quer tornar num instrutor/a de Sling Dance - um SLINGGINI (um curso direcionado para todas as mamãs e interessadas/os que pretendem iniciar um negócio próprio e dar aulas de Sling Dance presencialmente onde quiserem, à hora que quiserem.
Tem coisa melhor? Poder trabalhar com o que mais gostamos de fazer e com quem mais gostamos?
Não percam mais informações sobre os benefícios dos Slings e todos os modelos.
Assistam a esta entrevista com a Rafaela Peixoto e saibam mais sobre o Sling Dance no YouTube Pulguinhas.
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