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Dicas de Amamentação com Cíntia Ruas da Mamas Criam

Dicas de Amamentação com Cíntia Ruas da Mamas Criam




Mamas Criam é um serviço de consultoria materno-infantil da enfermeira Cíntia Ruas. É um serviço que tem por missão ajudar mães e famílias a receberem o seu bebé com maior leveza, autonomia, confiança e felicidade. Nesta conversa com Cíntia Ruas, falamos sobre amamentação:




  • Como preparar o corpo para a amamentação? 


  • Quais os sinais de alerta em caso de inflamação mamária?


  • Como avaliar as fezes dos bebés, de forma a assegurar que estão a ter uma boa nutrição? 


  • O que fazer em caso de engasgamento?




Vejam toda a entrevista:




Quando falamos de amamentação remetemos normalmente para a altura do pós-parto, mas na verdade a amamentação deve ser preparada muito antes do bebé nascer. Como é que a mãe pode preparar-se, ainda grávida, para este processo de amamentar?

 

As mães precisam de se preparar ainda no período da gestação, e há muitos materiais desatualizados e obsoletos que acabam por preparar de forma incorreta. Na verdade, enquanto profissional de saúde e consultor que orienta estas mães, a recomendação é que elas aguardem que o organismo faça essa preparação específica para amamentar. Não orientamos para a utilização de pomadas nem cremes nem nada que possa causar obstrução e retirar a proteção natural que nós temos, e que são os tubérculos de Montgomery. São estruturas salientes, que ficam ainda mais salientes com a gravidez e com a amamentação e que segregam substancias para hidratar e lubrificar, que têm inclusivamente um cheiro para ajudar o bebé a encontrar o complexo aréolo-mamilar. A própria natureza encarrega-se de providenciar isto. 

Por isso orientamos as mães para que também evitem utilizar sutiãs muito apertados, tops de ginástica, não colocar pomadas, uso de conchas, escovas, nada disto... porque em vez de fortalecer vai sensibilizar ainda mais esta área, e dificultar a amamentação. Importa deixar o curso da natureza seguir. 

E nós queremos que o processo de amamentação decorra sem intercorrências. Mas também sabemos que existem inflamações que devem ser "atacadas" logo no seu inicio. Quais são os sinais de alerta aos quais as mães devem estar atentas em caso de inflamação mamária?

Existe um processo inflamatório que é esperado, relacionado com a subida do leite. Depois do bebé nascer e da placenta ser expulsa pelo organismo, o organismo entende que precisa de produzir leite. Por volta do terceiro ou quarto dia (e pode ir até ao oitavo dia) ocorre um processo inflamatório natural e esperado. O tecido mamário está a dilatar-se para receber a subida do leite. Por vezes as mulheres podem ficar febris, com calafrios. As mamas ficam pesadas, distendidas, aumentam de tamanho e este processo, que é auto-limitado e evolui naturalmente durante dois a três dias. Alguns profissionais e algumas indicações incorretas acabam por introduzir alguma medicação para um processo que vai desaparecer espontaneamente e que é esperado. 

No decorrer deste processo, após a descida do leite, o bebé precisa de mamar de forma efetiva com sucção nutritiva, para poder esvaziar essa mama do leite todo que está a ser produzido. Isto permite calibrar a quantidade específica de leite que será produzida e que é precisa para aquele bebé e para as suas necessidades. Aqui podem ocorrer algumas situações. 




Quais são os sinais de alerta?

Se a mãe se aperceber de algum ponto avermelhado, endurecido, dorido, calor, dor ou rubor, então sim: ligar o sinal de alerta. Pode estar a ocorrer alguma obstrução numa , que pode evoluir para mastite, um processo de empedramento, ao qual chamamos de ingurgitamento patológico. Portanto, se a mãe sentir dor, calor, se ficar avermelhado, pode estar a acontecer um problema ou complicação mamária. 




O que fazer nestes casos? 

É importante que procure um profissional de amamentação, um consultor de amamentação, o obstetra... tenha um acompanhamento médico que permita tratar e impedir que evolua para um problema mais sério e resulte na perda da amamentação.

Quando o bebé começa a mamar pode causar dor na mãe, na mama, e ajudaste-nos a criar dois artigos que ajudam as mães a continuar a dar de mamar, ainda que tenham os mamilos doridos.  

Como não há mães iguais também não há mamas iguais, há umas que são mais pequenas outra mais volumosas. Para as mamãs que têm as mamas mais volumosas ajudas-te nos a criar uma solução à medida e que estão à venda na loja online da Pulguinhas. (link) Queres dizer-nos o que são?  

São as famosas Rosquinhas de Amamentação, os protectores de mamilo, e que são feitas pela Pulguinhas, lindas e confortáveis. 







São um acessório que ajuda no processo de amamentação. A forma de utilização é simples, coloca-se o sutiã, ou o top, e elas ficam entre o seio e o top. E isto vai dar maior conforto, protegendo esta região que está dorida, por vezes ferida, pelo processo inicial da amamentação. Assim o mamilo não vai ficar encostado ao sutiã, nem ao top ou blusa. Além disso, ela vai absorver o excesso de leite, quando ele ainda não está calibrado e está ainda a ser produzido de forma desordenada até o organismo entender as necessidades do bebé. Nesta altura, as rosquinhas trazem muito conforto e benefícios já que absorvem, impedindo que a roupa fique molhada. Quando acontecer basta substituir por outra rosquinha e meter a lavar a que se sujou, juntamente com a roupa do bebé. 

O importante é deixar a zona do mamilo sempre seca e arejada, para que não haja proliferação de fungos ou que se desenvolva candidíase mamária, que é um sério problema na amamentação. 

  

As rosquinhas, ou protetores de mamilos, estão disponíveis na loja Pulguinhas





Estes protetores de mamilos substituem os discos de amamentação?

Sim! Prefiro estes protetores de mamilos porque os discos não têm estes orifícios que permitem que o mamilo respite e não fique encostado ao sutiã ou ao top. Além disso o poder de absorção é muito maior, assim eu, enquanto consultora de lactação, de amamentação, gosto muito desta solução. 






E temos um outro artigo, criado em parceria contigo, queres explicar-nos o que é?

Este artigo ajuda muito. Eu sou mãe de gémeas e este artigo ajuda-nos a colocar o bebé na mama. Muitas mães fazem uma distensão mamária muito grande e ficam com muito volume e com estes suspeitórios (suspensórios para a amamentação) ou tipóia, conseguimos ajustar. 

Como funciona? Há duas faces, uma mais fina e maior e outra mais grossa. Colocamos a parte mais fina na nuca e sob a mama. Assim o seio vai ficar apoiado por este suspeitório ou tipóia. Tem também alças que podem ser ajustadas conforme a necessidade da mãe. 

Pode ser colocado num seio ou nos dois (no meu caso colocava nos dois porque amamentava as gémeas ao mesmo tempo). 

O sucesso da amamentação não é só a pega, temos também que nos lembrar da organização corporal do bebé, mantendo-o bem acomodado e apoiado. Isto garante que ele consegue manter o contacto com a mama, com a pressão adequada, e que não se desloca, não sai do lugar. 







Por isso, quando damos um bom suporte, com a altura adequada à mama, vamos consequentemente ajudar a este processo de posicionamento do bebé. 

Em todos os casos em que recomendei a utilização da tipoia as mães disseram-me "Meu Deus, como fica mais fácil!". Por isso eu recomendo sempre, porque conseguimos resolver muitos problemas de posicionamento e de pega incorreta com este acessório. 








Em seguida os relatos de mães sobre estes artigos, as estas duas novidades, feitas em parceria com a Mamas Criam.




Enquanto mãe, que amamentou quatro Pulguinhas, percebo que não há formas de amamentação iguais, porque todos os bebés são diferentes, mas em todos os meus bebés tive sempre dúvidas parecidas. 

Será que está a chorar porque está com fome?

Será que mamou o suficiente?

Será que este cocó que ele acabou de fazer mostra que está a digerir bem?

É possível avaliar através das fezes dos bebés se a amamentação está a ser adequada? 

Sem dúvida! As fezes do bebé são um parâmetro que nos permite entender se eles estão a ter uma alimentação adequada. Por isso, nas minhas sessões oriento sempre as Mamãs para perceber como está a decorrer a eliminação. Como estão os xixis, como estão os cocós...

Nestas orientações recorro a um exemplo visual que vou partilhar convosco. 




O cocó  preto -  As primeiras fezes do bebé, são chamadas de mecónio, é um cocó que parece preto, mas é verde escuro. É muito pegajoso e fica impregnado na pele do bebé, na fralda. São os restos do parto, biliares e é normal que o bebé elimine este tipo de fezes no primeiro e segundo dias.

Cocó verde musgo - No terceiro dia o cocó continua a progredir e ao terceiro dia está mais claro verde-musgo. 

Cocó verde lodo - Para o quarto dia o cocó vai ficando mais fácil de limpar, começam a aparecer alguns grumos e fica com uma tonalidade verde-lodo.

Cocó amarelo mostarda -  Do quarto  ao até ao sétimo dia o cocó fica com um cocó amarelo mostarda que indica que a amamentação está a ser efetiva e que o bebé está a fazer a sucção, a nutrir e hidratar-se. Isto acontece para os bebés que estão a fazer aleitamento exclusivo. 

No caso dos bebés que estão em aleitamento misto, de leite materno e fórmula láctea ou até só com fórmula láctea então não utilizamos estes parâmetros, porque sabemos que ele está a alimentar-se, vemos no biberão. 

Como o seio é opaco e não conseguimos medir o que o bebé bebe, então as fezes trazem essa informação. Por isso o que queremos é que os cocós estejam em tom amarelo mostarda.       






 




Um dos maiores medos na amamentação é o de ver o bebé a engasgar-se ou sufocar. O que é que as mães devem fazer no imediato em caso de engasgamento do bebé ao mamar? 



A primeira coisa que têm de se mentalizar e repetir é: "Fica calma! Fica calma! Fica calma!". Porque se não nos mentalizarmos disto vamos entrar em desespero e não conseguimos ajudar o bebé. 

Se o bebé começar a tossir após mamar, seja no peito, seja no biberão, o que naturalmente fazemos é pegar no bebé, sacudir, bater nas costas ou soprar. E não devemos fazer isto. 

A tosse é um reflexo de defesa, é o que o organismo entende que tem de fazer para expelir um bloqueio, um incómodo ou irritação. Portanto, se ele está a tossir é porque está a respirar e as vias aéreas dele estão livres.

Por isso, ao sacudir ou bater podemos estar nós a causar  a obstrução, fazer com que esse leite (ou outro) faça um bloqueio ou vá para o pulmão. Podemos criar um processo de bronco-aspiração mecânico e criar consequências mais graves. O mais importante é ter calma, colocar o bebé numa posição confortável, ver se há algum objecto na boca.    

Se o bebé já começou com introdução de alimentos, a mãe pode colocar o dedo em gancho ou em pinça e puxar esse alimento. Isto no caso de conseguir visualizar.  

Se a criança não está a tossir, faz cara de choro mas não está a conseguir emitir nenhum som, se estiver a ficar roxo, então está com as vias aéreas obstruídas. Então fazemos a manobra de Heimlich.  




A manobra de Heimlich:

1 - Vamos deitar o bebé no nosso antebraço. 

2 - Os dedos em V abrem a boca do bebé. 

3 - Inclinamos o bebé para baixo.

4 - Com a parte "macia" da nossa mão vamos dar 5 pancadas nas costas do bebé, entre as escápulas. 

5 - Viramos o bebé para observar se saiu alguma coisa.

Se tiver saído, o bebé vai tossir e voltar ao normal. 

Se continuar com os mesmos sintomas, devem repetir os mesmos golpes da manobra de Heimlich.

No caso do bebé parar de se movimentar, ficar sem respirar ou desmaiar, tem de chamar a emergência médica e iniciar a massagem cárdio-respiratória. 

1 - Virar o bebé de barriga para cima

2 - Com dois dedos esticados, vamos desferir 30 compressões sobre o coração e fazer duas respirações de resgate até a emergência chegar. 

O mais importante é não sacudir o bebé, não soprar, não bater. O importante é manter a calma até a emergência chegar. 






Fica o essencial para responder a situações de emergência. Voltando agora ao normal. Vamos falar sobre o regresso ao trabalho depois da licença de parentalidade. 

Há dicas que permitem que a amamentação continue mesmo quando a mãe regressa ao trabalho? 

Sim! É importante que a mãe que vai regressar ao trabalho faça um plano. Este é o ponto mais importante para as mães que desejam continuar a amamentar. Este planeamento deve acontecer, no mínimo, seis meses antes do regresso ao trabalho. Porque é preciso saber quem vai ficar com o bebé, se ele vai ficar numa escola/ colégio, se vai ficar em casa com o cuidador. É importante para fazer a adaptação do bebé e para adquirir os acessórios que vai precisar. 

Quando a mãe regressa ao trabalho quando o bebé ainda tem uns 4 meses, e introduzimos um biberão ou alguma tetina, pode criar confusão de fluxo e de bico e o bebé não vai aceitar mais o seio materno. 

Quando a mãe regressar do trabalho e quiser dar de mamar pode já não conseguir que o bebé aceite, porque já se habituou a uma diferente textura de tetina, e a uma nova forma de mamar.

A forma de mamar no seio é diferente da forma de mamar no biberão. Por isso a mãe vai precisar de se preparar. E precisa de acertar com o cuidador, para decidir como é que vai ser dado o leite, se em colher doseadora, se em copinho, e precisa de fazer o seu stock de leite. E precisa de garantir o estímulo da produção de leite. Porque, se a mãe vai para o trabalho não vai ter o mesmo estímulo do bebé para a produção de leite, ele vai diminuir, então ela precisa de acertar ordenhas em certos horários, mesmo no trabalho. Então a mãe precisa de saber como vai retirar o leite, como o vai armazenar, como vai transportar e depois como o vai oferecer ao seu bebé. Daí a necessidade de adaptação. 

Quando chega o momento em que a amamentação vai terminar... porque a amamentação pede uma dupla e só é boa enquanto for boa para ambos: mãe e bebé. 

Quando chega esse momento, como é que este desmame pode ser feito, sem causar ansiedades nem quebra de vínculo entre mãe e bebé? 

Existe um protocolo, ao qual chamamos de Desmame Gradual e Gentil. Existe muitas orientações arcaicas que defendem que a mulher se deve afastar do seu bebé e isso faz com que algumas mulheres que até programam viagens para se afastarem do filho, e que assim o bebé já não tem mais necessidade de desmamar. E isto é um erro. 

É um erro porque causa traumas no bebé, pode causar problemas mamários nessa mãe, porque a produção de leite vai parar bruscamente. Ela pode ter uma mastite, e essa não é a nossa orientação. O que defendemos é que a mãe consiga encerrar esse processo de forma gentil e respeitosa para o seu bebé. A amamentação é um desafio tão grande, que pode demorar tanto a engrenar, que quando engrena o bebé pode chegar ao ano e meio, dois anos a mamar.  Nesta idade é que orientamos para o desmame quando o bebé revela sinais de prontidão e demonstra ter noções sobre o que se passa à sua volta. Ela precisa de entender pequenos comandos, precisa de estar bem alimentada, ter um ganho de peso adequado, tem que estar a desenvolver-se bem para poder ser desmamada. Não é em qualquer altura que se faz o desmame gradual e gentil. A mãe também precisa de compreender que ela vai estar a enfrentar alguns desafios, em que o seu bebé pode ficar mais agressivo, choroso. E, se a decisão for a de desmamar, a mãe precisa de ser firme e seguir com o protocolo, que demora ainda uns quinze dias a ser efetivado.  

É uma construção feita de forma gradativa, que pode ser introduzida com um lado lúdico, em que é mostrado à criança material didático e a criança vai, em conjunto com a mãe, ser incentivada a criar uma relação afetiva e um vínculo muito para além da amamentação. Portanto, se é o que a mãe deseja fazer e a criança demonstra ter sinais de prontidão. É importante também ter autonomia, que se percebe quando ela está a mamar e está a brincar com o peito ou com outros objectos, isso demonstra que tem autonomia. É importante que a mãe procure um profissional de amamentação e se esclareça de forma a ter um desmame gradual e gentil, que vai ser uma resignificação dessa sua história linda e que é muito mais que a amamentação. 



Deixamos o convite para todas a mamãs que atravessam agora a fase do desmame para que contactem a Mamas Criam, e tenham o acompanhamento da Cíntia neste processo. 

site: https://www.mamascriam.com/

Instagram: @mamascriam

YouTube: https://www.youtube.com/channel/UCiECCcNpbYHSmuGQgQUpPaQ

  

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