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As crianças e o tempo na Internet

As crianças e o tempo na Internet

FOTO capa: Mc | Photography  ·  www.mcphotography.com.pt

 

 

Agora que há cada vez mais crianças a passar cada vez mais tempo online importa saber proteger os nossos filhos dos perigos que a Internet pode colocar ao mesmo tempo que lhes damos liberdade.

Para nos guiar por este universo de informação, controlando a dependência de tablets, iPads, smartphones ou computadores, contamos com a experiência de João Faria, Psicólogo Clínico no PIN, que se dedica ao trabalho com jovens que apresentam uma perturbação associada à Internet.

 

Quais são os problemas mais comuns que se colocam quando pensamos no acesso de crianças e jovens à internet?

Podem ser vários os problemas associados à utilização à Internet. Poderão estar associados a a) conteúdos inadequados com os quais as crianças e os jovens se poderão cruzar direta ou indiretamente; b) experiências de agressão continuada denominada de cyberbullying, como por exemplo, ser intimidado ou excluído online; e c) adição aos videojogos pela Internet, entre outras.

 

A partir de que idade devemos pensar em tomar medidas para controlar/ gerir este acesso?

Tal como outras atividades na vida das crianças e dos jovens, a utilização da Internet deve ser monitorizada desde o primeiro contacto com a mesma. Com as crianças, esta monitorização deve ser mais sistemática e controladora, tendo os pais um papel fundamental na navegação pela Internet dos seus filhos. À medida que a criança vai crescendo e quando entra na adolescência, a monitorização deve ser menos sistemática, havendo maior autonomia da parte do jovem relativamente às navegações pela Internet que este faz. Porém, a supervisão parental é sempre necessária, seguindo-se o princípio de "quem não deve, não teme", ou seja, os pais poderão solicitar ao jovem que os deixe visionar a sua navegação online, sem contudo o fazerem sem o seu conhecimento.

 

Que tipo de medidas podem ou devem tomar os pais?

As medidas que os pais podem aplicar podem ser diferenciadas em duas categorias: podem ser "informáticas", através da aplicação de filtros de software que poderão "proibir" a navegação por determinados tipos de sites: a outra categoria de medidas parentais que podem ser aplicadas são as denominadas "psicológicas", que poderão passar pela manutenção de uma relação positiva e de confiança com os seus filhos, e que hajam como supervisores e não como polícias.

 

Quando é que o problema já não pode ser resolvido em casa e deve ser encaminhado para um profissional?

Quando os problemas começam a ter uma grande interferência diária na vida da criança e do jovem, com fortes implicações para o rendimento escolar, causando fortes conflitos com os vários familiares, isolamento dos seus amigos e colegas, então a procura de um profissional especializado poderá ser uma alternativa com uma possível solução.

 

Qual a melhor forma de permitir o acesso dos nossos filhos à internet?

A Internet é em si mesma um meio rico que poderá contribuir positivamente para o desenvolvimento das crianças e dos jovens. Com grande consciência, os pais deverão decidir qual a melhor altura para permitirem aos seus filhos começarem a navegar pela Internet e, enquanto modelos, orientá-los nas suas pesquisas. O melhor a fazer será o fomentar uma relação próxima e de confiança, que acompanhará a utilização consciente e adequada da Internet através dos vários dispositivos que estão ao dispor de todos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

João Faria, Psicólogo Clínico, Pós-Graduado em Psicoterapia pela Associação Portuguesa de Terapias Comportamental e Cognitiva.

Intervenção sobre perturbações da ansiedade e perturbações associadas à utilização da Internet, salientando-se sobretudo a dependência da Internet e vídeojogos e o CyberBullying.

Coordenador do Núcleo do PIN ligado à intervenção no uso da internet e telecomunicações.

email: joao.faria@pin.com.pt

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