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Como manter o romance depois de nascer uma Pulguinha?

Como manter o romance depois de nascer uma Pulguinha?

 

Para muitos casais. depois da chegada do primeiro bebé, surge também o grande desafio de conseguir manter-se enquanto ‘casal’, apaixonado e romântico. O consumo de tempo, a atenção e as preocupações estão todas naturalmente voltadas para a Pulguinha recém-nascida e a relação entre mãe e pai acaba por sair prejudicada. Afinal de contas é difícil manter a chama acesa quando se está a acordar de duas em duas horas para dar de mamar ou a ter que fazer mil e uma contas de cabeça para gerir compras, pediatra, farmácia, vacinas, entre tudo o resto. Para não cairmos nesta ‘armadilha’ do tempo falámos com a Dr.ª Rosa do Amaral – psicóloga clínica, especialista em Intervenção Familiar - que nos oferece alguns conselhos práticos para aprender a gerir o desafio de manter o romance depois de nascer uma Pulguinha.

 

Com o nascimento do bebé é natural a diminuição do lado romântico do casal?

 

Sim, é muito natural porque quando de repente somos pais e andamos num ritmo maravilhoso de trocar fraldas, não dormir, viver em função de uma pequena Pulguinha, deixando as coisas a acumular, etc., percebemos que o tempo é finito e que o cansaço era um desconhecido até esta nova aventura, e pensamos ou sentimos que não resta energia para namorar. Por um lado, não deixa de ser verdade se não conseguir fazer um esforço consciente para que esse espaço ou estar surja, criado à “força” e com muita motivação.

 

É preciso acima de tudo perceber que o segredo está na gestão do tempo e na ideia de que tudo tem de ser simplificado. O romance tem de ser recriado, porque os pais têm um novo foco. E se se imagina a namorar como sempre conheceu, com todos os pormenores e detalhes, esqueça, talvez o consiga quando o filho for para a faculdade, mas isso no caso de ter apenas um. Se os planos forem de ter mais do que um e existir uma grade vontade de se manter ligado(a) ao seu companheiro(a), então tente namorar muito, tanto quanto o tempo que consegue “roubar” na sua gestão da Pulguinha.

 

 

Como se pode gerir melhor esta situação? Há algumas dicas que possa partilhar?

 

Pensando e executando alguns destes conselhos e criando pequenos momentos onde consiga namorar.

 

Dica 1 - se de repente estão juntos e o bebé dorme, não adiem. Façam um chá, um café, abram uma garrafa de vinho, etc., sentem-se um ao pé do outro (sem dormirem) e conversem. Se for meia hora ótimo, se for mais melhor. Aproveitem o momento, sem expectativas.

 

Dica 2 - Se família, amigos, oferecem para ficar um pouquinho com a Pulguinha aceitem, não vão longe, parem no primeiro café, pastelaria, etc, e estejam ao pé um do outro.

 

Dica 3 - Para evitarem frustrações, nos primeiros tempos não marquem datas, mas planeiem um momento. O bebé não está doente, está tudo ok, os avós estão lá, etc., aproveitem e usem o tempo para o momento planeado.

 

Dica 4 – A perfeição é inimiga da ocorrência. Aprendam a ser românticos de novas formas, que não sejam propícias à frustração. Um picnic na sala, um filme alugado, duas/três noites da semana marcarem encontro em casa para um momento de namoro, tomarem banho juntos, criarem um álbum da aventura, dançar uma música.

 

Dica 5 - Se não é rotina, não ocorre. Se não se força o tempo, o cansaço ganha. Se não houver algum planeamento para saber o que fazer, no imprevisto de ter tempo, não se sabe o que fazer. Criar, manter e instituir rotinas vossas é crucial, para que não desapareça o tempo. É natural e saudável que se viva em função do bebé os primeiros tempos, mas o cansaço que acompanha a jornada torna difícil criar novas rotinas, depois de já se ter instalado.

 

Dica 6 - Aprender estratégias ao dar prioridades. (Re)aprender a avaliar o que realmente é prioritário, para que se possa ir negligenciando algumas coisas em favor do casal (ter sempre a casa impecável, ter toda a roupa lavada, trabalhar um pouco, dormir, etc., pode ser importante, mas não pode ser mais do que o casal estar unido e saudável).

 

Quando é que o problema se torna demasiado grave e precisa de ser acompanhado por um profissional?

 

Quando surgem “sintomas” na relação que mostram que o casal está a perder sintonia ou que já não se gosta de estar um com o outro. Enquanto casal temos de estar alerta para o fosso que se cria entre dois indivíduos que, embora tenham projetos em comum, deixam de ter uma vida em comum.

 

Esta vida passa pelo estar, pelo falar, pelo desafio do que fazer enquanto casal, por ter uma relação sexualmente ativa, por ansiar estar com o outro, por querer partilhar as coisas um com o outro. Se começamos a sentir irritabilidade para com o nosso companheiro, distância, incapacidade de entrar em entendimento, os silêncios são pesados, e existem mágoas que se vão acumulando, há que intervir e procurar ajuda.

 

Sobre Rosa do Amaral

Psicóloga Clínica, PhD

Intervenção Familiar, de Casal e Reabilitativa

Clínica Europa em Carcavelos

http://www.rosadoamaral.net/

http://onorteosrepare.blogspot.pt/

www.facebook.com/Nós-Familiares-Terapia-e-Apoio-Familiar

 

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